Cie ALIAS, de Guilherme Botelho

Participação especial 

Música: Murcof (Fernando Corona)

Catorze bailarinos atravessam o palco vez após vez. Correm, caem, erguem-se, param, recomeçam, motivados por um inexplicável desejo de prosseguir. Mas em direcção a quê? Em direcção a um destino que parece desaparecer-lhes por entre os dedos. Este é, simultaneamente, um retrato da condição humana, da evolução da Humanidade, das transformações do Universo. Como sempre com a companhia ALIAS, o efeito coreográfico e as intenções artísticas constituem uma unidade. O coreógrafo brasileiro Guilhermo Botelho, fundador da companhia, traz-nos uma metáfora visual e física da força bruta que anima a vida. Numa aceleração progressiva do ritmo da peça e da partitura de Murcof, autor da música, estes bailarinos atravessam continuamente o palco da esquerda para a direita. A cadência do seu movimento é de tal modo intensa que uma inexaurível energia humana inunda o palco. A viagem destes personagens segue o rasto de um ciclo darwiniano, o qual parece repetir-se até ao infinito.  

Lotação: 250 pessoas

(O espectáculo contém cenas de nudez)