Pom é uma instalação interactiva baseada no clássico Pong, um dos mais icónicos exemplos dos primórdios dos jogos de vídeo. O nome Pom nasce da aliteração de "Pong" e "Multiplayer". Na raiz do nome está a raiz do projecto: a sua vertente multi-jogador. Mas em vez de se optar pelo multi-jogador no sentido hoje em dia mais falado, o de jogo "online", também aí se optou por um regresso às raízes. Este jogo é pensado para ser jogado localmente, no seu espaço próprio. Uma parede torna-se o ecrã que todos os participantes partilham. Uma só pessoa não consegue jogar Pom. O trabalho baseia-se na interacção de entre dois a seis participantes. Como no cinema, todos os olhos estão voltados para um ponto que demarca um contexto colectivo específico de que todos passam a fazer parte. Mas em Pom o silêncio e a contemplação não são nem expectáveis nem desejáveis; aqui, a fruição não se concretiza sem participação activa. Os participantes entram em jogo pelos seus próprios meios, usando aplicações dedicadas que enviem a informação do toque para o jogo, permitindo assim usar o dispositivo como um controlador para direccionar a sua raqueta. A premissa de Pom é criar um contexto de convívio. Uma bolha que una diversos participantes desconhecidos num meio e um ambiente comuns.

Performance por Jorge Coutinho

Parceiro: Universidade Católica Portuguesa